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Fazer o que gostamos

por ✓MS, em 14.05.21

Desde que veio a pandemia que cada vez mais penso neste assunto. Fazer o que gosto, a todos os níveis! Seja a nível pessoal, seja a nível profissional. Vou ser muito sincera, na minha opinião, a nível pessoal é muito mais fácil fazer algo que gostamos do que a nível profissional. 

Hoje apeteceu-me focar no lado profissional, até porque estou de férias e faz todo o sentido pensar no assunto (ou não, não faz sentido nenhum, mas hoje apeteceu-me). Este é um tema que pode dar "pano para mangas", mas vou tentar ser o mais resumida possível (ou pelo menos irei tentar). Quem tem, a meu ver, a sorte de trabalhar no que gosta muitas vezes ouço dizer que é cansativo porque muitas vezes trabalham por conta própria e dá muitas dores de cabeça. Quem não trabalha no que gosta, onde eu me insiro, tem outra visão da situação. E é disto que vou falar, baseando-me na MINHA EXPERIÊNCIA e nada mais que isso. Cada caso é um caso, cada um com as suas vivências, experiências e opiniões. 

No meu caso em particular, não fazer o que gosto a nível profissional afecta-me bastante no meu dia-a-dia. Afecta-me no sentido de me sentir completamente desmotivada quase dia sim dia sim, mesmo para as coisas básicas do meu dia. Mesmo acordando bem disposta, vem aquele peso de "não estou a fazer algo que eu gosto". Não me sinto realizada e isso acho que é um ponto de extrema importância na nossa vida. É verdade que o ser humano está sempre, ou quase sempre, insatisfeito com algo. Mas também é verdade que quanto mais realizados estamos, quanto mais felizes conseguirmos ser, melhor o nosso trabalho consegue ser. Dá para ver "de fora" quando a pessoa gosta do que está a fazer, ou não. 

E vocês, fazem o que gostam ou fazem "o que tem de ser"? 

Aproveitem e visitem a página do instagram, onde acabo por estar muito mais activa: @na1pessoa

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Sou uma das pessoas que mais critica o "trabalho forçado" na área da restauração,mas não posso deixar de admitir o seu lado positivo. Se tem pontos positivos? Muito poucos mas tem, principalmente quando se trata de primeiro emprego nesta área.

Para quem arranja um primeiro emprego na área da restauração (principalmente me refiro a cadeias de fast-food que foi onde me iniciei e sei falar por experiência própria) pode esperar trabalho exagerado por pouco dinheiro no final do mês (isto comparando o trabalho que temos para o que recebemos). No entanto vão aprender muito sem qualquer sombra para duvidas. Vão aprender a ser bastante  tolerantes, a ter brio profissional, ganhar a vontade com o público e a serem mais extrovertidos. Sempre fui muito tímida e trabalhar nesta área perdi grande parte dessa timidez e vergonha que tinha em falar com "desconhecidos". Isto claro, em ambiente profissional. 

Podem aqui também aprender, pelo menos as bases, de como ser assertivo a realizar vendas, principalmente venda sugestiva alusiva a restauração. Acabam por ganhar uma boa bagagem para futuros trabalhos, caso não ganhem a paixão pela área em questão e queiram a curto/médio ou longo prazo mudar de área. 

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O primeiro trabalho é, quase sempre, uma dor de cabeça para encontrar, independentemente de sermos ou não formados em alguma área. Uma dor de cabeça para perceber onde nos podemos iniciar. Passei por essas preocupações toda quando procurava trabalho pela primeira vez. Um dos locais mais fáceis de ser aceite sem qualquer experiência é a área da restauração. Digo isto pela minha experiência e pelo que me fui apercebendo ao longo dos anos em que trabalhei nesta área. Foi precisamente nesta área que arranjei o meu primeiro trabalho. Em restauração, numa cadeia de fast-food que é uma das mais conhecidas nacional e mundialmente. Não posso dizer que foi a experiência mais maravilhosa do mundo, nem tão pouco mais ou menos. Foi um lugar onde aprendi bastante, onde aprendi mesmo muito! Muito mais do que alguma vez achei que ia aprender num lugar assim. Em um (1) ano de trabalho posso referir que o que mais custou foi mesmo as pessoas em si. A pressão que nos é colocada, ter colegas que querem subir na carreira ali dentro a toda a força (e não se importarem de passar por cima de quem quer que seja para isso), não ter horas para sair, não serem pagas horas extras (que são horas que os colaboradores fazem todas as semanas a mais e ficam a ver navios). E, para muitos uma das melhores coisas, para outros algo que estraga de certa forma o nosso organismo e que acaba por nos enjoar... comer constantemente hamburguers a todas as refeições. Ou quase todas, visto que se estiverem num shopping podem fazer troca de comida com as restantes cadeias alimentares pertencentes ao grupo em que se encontram (isto se tiverem a sorte de alguém querer trocar a sua refeição convosco). 

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Realização no trabalho

por ✓MS, em 22.02.20

No meio de muito que já aprendi, e de muito mais que ainda tenho para aprender, percebi algumas formas que me podem fazer sentir realizada no trabalho. Acabei por ir trabalhar numa área de que gosto mas que nunca imaginei conseguir entrar naquele mesmo local a trabalhar, independentemente do cargo que fosse ocupar. É um mundo novo, muita coisa para assimilar e muitas coisas novas para aprender. MUITAS MESMO! Se algum dia me dissessem que hoje eu estaria ali a trabalhar eu não iria acreditar. 

Se é o meu trabalho de sonho? Não! Mas é uma área que eu gosto, que aprendi há uns anos a gostar por diversos motivos e que dia após dias vou apreciando cada bom momento que passo no trabalho que realizo. Não há dias perfeitos, é uma verdade! Porém, tenho conseguido sentir-me realizada em certos aspectos como (sendo um dos mais importantes na minha visão) quando saio do trabalho perceber que independentemente de tudo que possa ter acontecido ajudei alguém! Não há nada que pague, nem melhor realização pessoal (e mesmo a nível profissional) do que percebermos que "perdemos o nosso tempo" naquele dia a ajudar o outro! 

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Há um ano vim embora

por ✓MS, em 22.12.19

Há um ano atrás vim embora da empresa onde trabalhava. Sempre trabalhei em restauração, até agora. Troquei o trabalho anterior por um trabalho da mesma área nessa empresa. Foi um ano e meio de trabalho onde dei tudo por tudo por uma empresa que não deu nada por mim. Por mim e por tantos outros que por lá passaram e levaram o mesmo rumo que eu. Desde apoiar as decisões tomadas, a aceitar trabalhar inicialmente semanas sem folgas porque a loja tinha acabado de abrir e ainda nada estava organizado, a trabalhar 10h praticamente seguidas e quase sem comer em alturas de festa (festas essas de se passar com a família). Podia enumerar uma imensidão de situações que, de todo, não vale a pena! 

Vim embora da loja e empresa precisamente há um ano, ou fez um ano há pouco tempo. Ainda para gozar as férias que nunca dava para gozar, pois havia sempre alguém a gozar férias naqueles momentos ou então não davam férias naquelas alturas em específico. Na altura a minha família achava que eu tinha cometido um erro em ter chegado a acordo para vir embora. Mas sempre lhes disse que em primeiro lugar estava a minha saúde mental que, naquele preciso momento, estava um caos a custa de uma empresa e respectivas chefias que nos tratavam nem sei bem dizer como. Muitos acharam que por ser uma empresa grande e ainda a crescer mais, seria uma mais valia aguentar tudo. Alguns tiveram sorte. Sim, sorte por darem tanta graxa que conseguiram o que queriam. Isso não faz parte de mim. 

Ao fim de um ano, com altos e baixos, a conhecer novas realidades de emprego e afins, consegui algo que será dos meus maiores desafios mas que ao mesmo tempo é das áreas que mais admiro e gosto. Ainda não posso dizer que estou realizada a 100% a nível profissional, nem sei se algum dia estarei. Quem sabe? Mas adoro novos desafios e este sem dúvida que é um deles!

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