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Nem sempre que "descartamos" algo na nossa vida é para nosso retrocesso. Ouvi dizer diversas vezes que devemos dar um passo atrás para dar dois em frente. Em mais nova não entendia o porquê de deitarmos algo a perder, ou de deitar fora algo que conquistamos com esforço seja a nível pessoal ou profissional. Com os anos fui entendo que nem tudo o que conquistamos ao longo do tempo, com muito ou pouco esforço, vale a pena continuar a lutar para ser mantido.
Por isso mesmo, hoje se tiver de largar algo em prol do meu bem estar e da minha felicidade ou dos que me rodeiam, assim farei. Hoje perdemos algo que achávamos ser importante para amanhã ganharmos outros pontos superiores!
A loja Normal está com uma oferta até ao dia de hoje, AQUI, onde podemos escolher um produto entre alguns pré seleccionados. No meu caso escolhi a oferta de um carmex. Nunca tinha usado, mas tinha já um bom feedback da minha irmã. Neste caso especifico, considero ser uma boa oferta, sendo que é um bom produto que recebemos a custo zero.
(Ainda conseguem obter hoje a oferta, têm 7 dias depois para ir recolher a mesma em qualquer loja Normal)
Alguns dos momentos mais saborosos deste ano de 2024, porque se há algo em que tenho sido sortuda é no amor. E nisso, o namorado acompanha-me em todos os momentos de degustação, o que me deixa super feliz
Sempre ouvi dizer que a vida é feita de mudanças, sejam elas positivas ou não. A esperança de que seja para melhor está sempre presente, ou assim seria de esperar. Deparei-me que estive mais de um ano sem cá vir. E parece que ainda ontem aqui estive a escrever. E sim, a vida mudou. De altos e baixos, neste momento as mudanças têm sido positivas em vários pontos, e é neles que me tento focar mesmo tendo vários pontos negativos que poderia observar.
O último ano deu tantas voltas que nem sei bem as emoções que devo transbordar por aqui. Encontrei-me cerca de 4 anos a trabalhar na mesma empresa. Restauração. É, eu saio da restauração, mas a restauração parece que não sai de mim! Sendo bastante sincera, durante esses cerca de 4 anos 90% do tempo quis sair da mesma, mas havia sempre algo que me fazia ponderar em não sair. O ter contas para pagar ao fim do mês, o ser um trabalho a tempo inteiro, com ordenado fixo, sem haver falhas no mesmo, uma empresa grande que me deu a efectividade. Muitos provavelmente questionavam porque queria eu tanto sair daquele local. O não estar feliz era o primeiro ponto. Não reconhecerem o nosso valor e sermos apenas um número para uma empresa tão grande, que só vê lucros e não direitos humanos e tantos outros pontos que podia estar aqui até amanhã a enumerar todos eles. São alguns dos pontos muito provavelmente que coincidem com enumeras empresas, sendo elas ou não "grandes" no nosso tão pequeno país. Dei por mim a dizer aos meus mais próximos que não aguentava mais tanta falta de respeito para connosco funcionários e que ia dar a minha carta de rescisão. Acho que estava a tentar convencer-me mais a mim de que tinha de o fazer do que a eles. A certo momento quando estava praticamente decidida a sair da empresa ofereceram-me uma subida de cargo. Fiz-me de difícil também, queria sair da empresa e ao mesmo tempo estava confusa. Na minha cabeça não fazia sentido tratarem-me de uma forma e posteriormente oferecerem-me uma subida de cargo para gerir uma equipa e gerir turnos na mesma loja. Aceitei. O meu coração quis experimentar algo diferente e dar uma nova oportunidade a esta mesma empresa, que sempre soube como tratava todos os funcionários. Não foi tudo um mar de rosas, o único ponto positivo que tirei do tempo que estive a chefiar (mais de 1 ano), foi a experiência maravilhosa de lidar com pessoas, de gerir pessoas e conseguir perceber o seu lado sem que elas percebessem que eu as estava a "estudar". Avaliar os outros tornou-se uma tarefa bem vista pelos colegas que larguei ao subir de cargo. Eu vim do mesmo lugar que eles, sabia suar como eles e não falar por falar, não reclamar por reclamar. Mas não durou muito tempo a boa sensação de liderar, sim porque eu não queria ser chefe mas líder. Independentemente de quem estava acima de mim aceitar bem ou não. Não, não aceitaram bem, porque eu tinha de ser rígida e agir como eles agiam, tinha de ser a mázona. Tentei o máximo afastar-me desses pontos, porque acima de tudo somos pessoas não somos um número. Mais de 1 ano que tentei combater tal situação no que me era possível. Entreajuda, apoio e solidariedade para com quem estava onde eu estive.
Enquanto isso as humilhações foram constantes por parte de superiores, porque eu não correspondia ao que eles queriam e tentaram moldar-me mil e uma vezes sem sucesso. Eu tive uma equipa de colaboradores do meu lado. Falhei com eles no momento que pedi transferência para uma nova loja, onde esperava eu ter descanso psicológico. Uma experiência curta de 3 meses, onde percebi que as pessoas mudam mas a "porcaria" é a mesma!
No meio de estar esgotada psicologicamente e doente fisicamente, comer o que não devia constantemente no trabalho, ser obrigada a colocar baixa pela minha situação de saúde, ser "ameaçada" com palavras fofinhas no trabalho quando regressei, decidi que iria colocar a minha carta de demissão. Definitivamente! E entreguei mesmo, preferi usar o calor do momento para o fazer. Um misto de emoções que tive nesse dia, e não me arrependo um segundo de o ter feito!
Já em 2024, apresentei a minha demissão. 2 meses que tinha de cumprir de tempo legal, sendo 1 deles férias. Não nego o medo, não tinha como me desenrascar se não arranjasse trabalho em "tempo record". Sabem uma coisa? Quando temos noção do nosso valor não temos de correr muito. Ainda estava a dar o tempo a casa na empresa que me encontrava, já estava contratada na empresa onde estou hoje. É a mesma área? Sim. Como disse, eu saio da restauração, mas a restauração não sai de mim! Há uma diferença, não sou humilhada, tenho condições de trabalho melhores, o meu psicológico está aos poucos a melhorar e sinto-me bem a fazer o que faço. Não preciso de retribuições, apenas um "obrigado" quando os objectivos são alcançados.
Por isso, quando estiverem mal em algum lugar, não tenham medo de arriscar. Se tive sorte? também. Nem sempre corre desta forma tão rápida a mudança. Mas, não sejam infelizes enquanto os outros riem com as vossas tristezas!
Para quem, como eu, trabalha com o atendimento ao público em restauração (e acredito que quem trabalha com atendimento ao público em geral) vai entender do que vou falar.
Há momentos que nos apetece parar de atender o cliente, pela falta de educação do mesmo, porque fazem de conta que não entendem o que dizemos, querem exigências de algo que não nos é possível mudar ou a empresa não nos permite tal alteração.
Vejamos, a "imagem de uma marca" é suposto ser mantida por quem nela trabalha. É verdade que o cliente a consumir está a contribuir para que o nosso ordenado ao final do mês seja pago. De qualquer forma não podemos facilitar sempre a vida do cliente. E o facto de facilitarmos uma vez, não é sinonimo de que o mesmo cliente (ou outro qualquer) irá ser facilitado de todas as vezes que frequentar o estabelecimento. Se a marca exige que o produto seja vendido de uma certa forma, por exemplo se aquela sanduíche é SÓ com frango, não é suposto ser vendido com peixe. Este é um exemplo básico que estou a dar apenas para que entendam que muitas vezes um "não" da parte de quem está atrás do balcão não significa que nós não queremos facilitar, significa que temos superiores que não nos permitem esse facilitismo.
Muitas vezes já conhecemos os clientes que querem constantemente essas mudanças, uma vez não são vezes certo? Hoje a equipa pode facilitar e ceder ao pedido do cliente, mas não significa que amanhã iremos ceder novamente. E isto não quer dizer que não nos importamos com o cliente, apenas significa que cumprimos ordens de quem manda em nós. E de todo, o cliente não tem sempre razão. E na grande maioria das vezes que o cliente até pode ter razão, acaba por a perder pela forma como trata os funcionários que estão a tentar resolver a questão ou a explicar o seu funcionamento.
A má educação do cliente não vai fazer com que quem está dentro da loja vá facilitar mais rápido. Maioria das vezes só vai ajudar que a resposta se mantenha "não podemos alterar o produto original". Posso garantir que grande maioria das vezes, se o cliente for simpático e bem educado nós iremos facilitar. Mas, se vierem dizer "ontem o seu colega facilitou", nós sabemos perfeitamente quando estão a mentir, sabemos perfeitamente quando temos colegas que facilitam ou não. Portanto, não mintam, sejam simpáticos e tentem entender quem está atrás do balcão a cumprir ordens da empresa que os contratou.
Muitas vezes as pessoas que trabalham nos cargos mais altos das empresas, passam pelas lojas e estão a observar se os seus funcionários cumprem com os procedimentos certos da empresa. Muitas das vezes quem está a trabalhar nem os conhece. Já se imaginaram a serem patrões, chefes ou outro cargo importante e observarem os vossos funcionários a não cumprir com as regras que vocês implementam na empresa? Será que gostavam?
Nunca se esqueçam, má educação não vai ajudar a que consigam o que querem!
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