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Há alturas que percebemos que nada é realmente nosso. Muito menos as pessoas. Sempre entreguei demasiado de mim a pessoas que naquela altura me parecia ser aquela pessoa. Mas, com o tempo, percebi que não posso afirmar que a pessoa seja "minha", porque na realidade não é. Nem tudo o que é bom acaba de pressa, nem toda a gente foge. Uns adaptam-se melhor, outros fartam-se, mudam de ideias, encontram alguém melhor ou simplesmente não faz mais sentido continuar aquela história. É aí que a verdadeira história começa. Sim, porque o "fim" não é mais do que um novo começo. Um novo começo que depende de nós, e só mesmo de nós, porque ninguém é obrigado a deixar alguém se infiltrar.
Por momentos dá vontade de gritar, lutar mais. Mas há alturas em que uma pessoa sabe quando não vale a pena lutar. Porque a pessoa não está nem aí, porque aceitamos que a pessoa se vá embora, porque para nós também já não fazia sentido continuar a tentar fazer história do que nunca fez parte dela.
Por vezes o momento certo demora a chegar, o tempo vai passando e começamos a perder demasiado tempo com alguém que só se quer aproveitar do que podemos dar em troca. Quando a oportunidade surge, o melhor é deixar partir, sem reclamar, sem fitas e até palavras. O silêncio é tão nosso amigo e nem sempre o usamos.
Deixei-o partir, não por eu querer, mas porque o destino assim o queria.
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