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Acabamos por, em algum momento da vida, abrir os olhos para algumas situações que vão acontecendo ao longo da vida. Há sempre alguém presente na nossa vida que gosta e quer impor as suas regras. Como se fossem ditadores de tudo e todos os que os rodeiam, como se tudo não fosse possível se não fizessem dessa mesma forma. Vamos sempre ter pessoas assim, tóxicas, na nossa vida. Em qualquer lado que estejamos podemos nos cruzar com elas e não sabemos no imediato que assim são. Muitas das vezes sentem-se no direito de exprimir as suas opiniões, más na sua maioria, sem que assim seja pedido. De certa forma são estas pessoas que, mesmo que de uma forma cruel, conseguem abrir os nossos olhos para uma infinidade de coisas e situações.
São nesses momentos que acabamos por tomar alguma atitude ao ver que são essas pessoas que estão a ter nas suas mãos situações importantes das nossas vidas. Somos nós quem tem de saber tomar atitudes e escrever a sua história, e consequentemente não permitir que alguém seja manipulador connosco a esse ponto.
Há aqueles momentos em que me sinto perdida, sem saber com o que contar ou para que lado me virar. Não é que tenha sido sempre assim a minha vida, mas ultimamente tem acontecido um pouco desta forma. Seja a nível profissional como comigo mesma ou em relação a outra coisa qualquer. Nem sempre é simples para mim colocar as ideias no lugar, no seu devido lugar. Nem sempre é fácil para mim dar o primeiro passo e pensar "é assim que vai ser a partir de agora".
É nestes momentos que vou percebendo que em certos pontos aquela velha máxima "o tempo ajuda" acaba por fazer um certo sentido. É nestes momentos que acabo por recorrer a quem está a meu lado e que melhor me conhece e tem sempre o melhor conselho do mundo para me dar.
...num mundo um tanto mais perfeito. Onde tudo fazia mais sentido. Onde me deu mais gosto viver, onde me deu mais gosto lutar por coisas que outrora talvez não fosse pensar. Quando, um dia, encontramos aquela pessoa que faz todo o sentido e mais algum para nós, questionamos se será real. E durante algum tempo questionei diversas vezes se essa seria realmente a realidade. Não só a minha ou só a dele mas a de ambos, em conjunto. Se tudo não passava de um sonho em "modo real".
E, na verdade? Tudo não passa de um sonho que se tornou real, mas que todos os dias nos faz pensar que estamos a viver um sonho. E, na verdade... é o melhor e maior sonho da minha vida. Quando tudo faz sentido, torna a nossa vida mais simples em diversos aspectos e até nos fazer mudar certos sentidos da nossa vida.
De há uns anos para cá que fui aprendendo que só nos prejudica a nós mesmos olhar para trás, voltar atrás seja no que dizemos ou na nossa vida em geral. Magoa, dói e só nós mesmos acabamos por saber dar o valor aos momentos positivos que tivemos após passar pelo lado mau que não queremos voltar a reviver. Meros segundos nos vão fazendo separar o passado do presente. Se foi feito, se foi dito, de nada vale olhar para trás ou voltar atrás numa tentativa, quase sempre falhada, de remediar a situação. Ao longo dos anos, conforme vamos crescendo, vamos percebendo que isso de nada vale. E quando damos conta, estamos a viver o passado e do passado. Valerá mais viver do que já vivemos ou viver do que garantidamente nos pode dar calafrios (no bom sentido claramente)?
Mentiria se dissesse que me é fácil seguir tudo isso, mas não se perde pelo esforço!
A certa altura da minha vida achei que a solidão seria a melhor forma de estar bem comigo mesma e com o mundo. Julguei que seria a melhor forma de eu conseguir exprimir o que sentia. Principalmente porque passava o tempo livre que tinha a escrever. Tinha optado por não manter contacto com ninguém, para mim seria assim menos doloroso do que criar expectativas com pessoas que teimavam em me magoar. Não queria, de forma alguma, voltar a permitir que me magoassem fosse de que forma fosse. Durante alguns anos os meus melhores amigos foram as canetas e os papeis a serem preenchidos com as minhas palavras. Na altura dava para aliviar o que sentia e ainda me fazia sentir um pouco melhor. Palavras cruzadas que no final, 90% delas, foram parar no mesmo lugar... o lixo. Na altura não via isso mas não teria optado pela solução que me iria "curar" a 100%. No final de contas, até certo ponto, a solidão também dói.
Ao longo dos anos, por força do acaso, acabei por mudar esse meu lado. Não me forço a estar por perto de alguém, mas também não me forcei a ficar na solidão. Dizendo o que me apetece e quando me apetece. Sem medos de sair magoada, sabendo que aconteça o que acontecer eu serei capaz de lutar e superar tudo o que se for colocando no meu caminho.
Ambos os lados podem ter pontos positivos se soubermos tirar o melhor lado de cada um. Porém, hoje, a solidão assusta-me um bocado.
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