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Sempre disse que estava e estaria bem sozinha, e na realidade estava extremamente feliz. Muito feliz por sinal, mas a minha vida resumia-se a casa-trabalho e trabalho-casa. Eu vivia para o trabalho e não me sentia mal com isso. Até certo ponto fazia-me sentir viva... Achava eu! Até que ponto conseguimos ser "inocentes"? Até que ponto conseguimos ter umas palas que nos faz ver apenas um sentido na vida? Nunca pensei desta forma na altura, até porque não havia motivos para tal.
Mas, como sempre, faltava-me algo. Faltava-me algo para conseguir dizer "eu estou 100% completa". Não sabia o quê mas não era algo que me preocupasse muito a sério. Um dia, com o seu jeito fechado natural nele, disse-me algo que me fez pensar "ele é o tal e é quem me falta na minha vida para me sentir completa!". Aos poucos fomos ficando inseparáveis. Sem nos apercebermos ao longo de 10 anos de amizade, ou pelo menos sem eu me aperceber, o nosso sentimento e a nossa ligação cresceram de uma forma tão natural e ao mesmo tempo tão inexplicável que podemos afirmar ser a parte que faltava na vida um do outro.

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Lutar pelo que vale a pena

por ✓MS, em 20.03.18

Ao longo do tempo fui percebendo e sendo alertada, para o facto de ter du lutar apenas pelo que valia a pena. Eu a certa altura não tinha filtro. Lutava porque sim, porque queria estar ocupada com algo e lutava pelo que me parecia bem. Escusado será dizer que nem tudo o que nos parece bem vai valer realmente a pena. Mas saber o que valia realmente a pena era o meu grande problema. Eu não sabia entender isso logo "de primeira". Ou talvez achasse que não. Não costumava dar muitas vezes ouvidos ao meu instinto, ao meu sexto sentido. Pareceu-me bem, na altura, começar por aí e dar ouvidos a mim mesma. Claro que falhei algumas vezes, arrependi-me de outras tantas. Mas, no geral, ajudou-me a saber filtrar o que realmente vale a pena lutar e o que é preferível deixar pelo caminho.

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A crise dos vinte e tal

por ✓MS, em 13.03.18

Durante a infância e adolescência fui passando por diversas "crises" nomeadamente de quem eu era, o que eu era. E por aí fora, de forma continua. E quando achava que alguma das crises já estava superada, eis que outra me surpreendia em aparecer. E no fundo, não conseguia obter respostas concretas para o que realmente queria. Sempre em busca de respostas que não sabia como obter, em busca de algo que nem eu sabia ao certo o que seria. 

Desta vez, já nos meus vinte e tais, as coisas mudam um pouco de figura. As questões com as quais me debatia na adolescência já não habitam na minha mente mas deram lugar a algumas com tanto ou mais peso do que as anteriores (dado a idade na altura, seria um bicho de sete cabeças). Acho que estou naquela altura de questionar se o que faço é ou não o mais correto. Não a nível pessoal mas a nível profissional. Penso ter chegado naquela altura da vida em que me questiono se o caminho que estou a tomar será o que realmente eu quero, se de facto me realiza estar por lá. E, na realidade, eu não posso dizer que não gosto. Estaria a mentir se fosse dizer que não gosto do que estou a fazer, e quer queira ou não, é uma aprendizagem contínua a praticamente todos os níveis. Conheci pessoas que, mesmo que não sejam amigos para a vida, são pessoas que enquanto trabalhamos juntos são aquelas com quem eu quero manter sempre contacto por serem pessoas fantásticas. E sei que algumas delas irei levar comigo por muitos anos. 

Se a vida profissional que estou a ter neste momento é a que mais me realiza? Ainda não descobri isso, não tenho a minha resposta 100% formada sobre isso. E vem daí a minha vontade de encontrar respostas. Sou da opinião que enquanto fazemos as coisas por gosto está tudo "muito bem", mas quando por qualquer motivo se torna um fardo é porque já estamos num beco sem saída. Felizmente não me encontro neste ponto, mas ainda há muitas respostas para descobrir. 

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Do passado ao presente

por ✓MS, em 11.03.18

São poucas as amizades que tenho de há muitos anos atrás. Pessoas que eu conheço com mais de 5 anos, salvo erro, não passam de conhecidas ou colegas. Porque amigos mesmo presentes em tudo na minha vida, eu conto pelos dedos de uma mão. No entanto há pessoas que nunca desistem de nós e mesmo passando uma década reencontram-nos e tudo se torna maravilhoso. Alguém do meu passado resolveu surpreender-me de uma forma que eu nunca imaginei. Sempre que tive reencontros eram estranhos, no entanto, não foi o caso desta vez. Esta pessoa tornou-se no meu melhor amigo! Ao fim de uma década de nos conhecermos, estivemos afastados uns anos, e o reencontro foi tão maravilhoso que por vezes me faltam palavras para descrever tudo o que aconteceu.

A base da amizade já estava criada algures, mas fomos reconstruindo tudo de novo. Do nada, eu confiava-lhe a minha vida se assim fosse preciso. E sei que não iria sair arrependida. Nunca fui muito pessoa de ter melhores amigos. Ou eram amigos ou não eram. De qualquer forma, com ele fez (e continua a fazer) sentido dizer que é o meu melhor amigo. Não só por ser a pessoa em quem mais confio no mundo, mas por saber mais de mim do que qualquer outra pessoa na face da terra. Não só por isto mas também por a nossa ligação já ter uma década. Apesar de ter adormecido uns anos, voltou ainda com mais força. Ambos sabemos quando o outro não se encontra a 100%, e isso torna a nossa relação cada vez mais especial.

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Exigir de mim mesma

por ✓MS, em 09.03.18

Há muitos anos atrás, eu sabia que não exigia nada de mim mesma. Porque não tinha motivação para tal, porque talvez não tivesse força de vontade para tal, porque ninguém puxava por mim ou tentava exigir algo a mais de mim, ou até mesmo porque não me apetecia ser exigente comigo mesma. Ao longo dos anos fui percebendo que exigiam algo de mim e eu chegava nas expectativas mínimas das pessoas, não as ultrapassava nunca. Porque a minha exigência para comigo era nula. Era como se tudo que me rodeava, todas as pessoas e o mundo em geral, não fossem interessantes o suficiente para mim para que eu quisesse exigir algo mais de mim para as surpreender. Fui assim até tarde de mais. Houveram raros momentos em que exigi algo de mim, por competição ou por alguma frustração momentânea da adolescência que me tivesse feito agir de alguma forma diferente da "normal". 

A certa altura, há poucos anos atrás, comecei a exigir de mim o que nunca tinha exigido antes. Não me recordo ao certo o que me fez acordar este meu lado que nem eu conhecia. Nunca, em momento algum, eu imaginei que teria algures escondido em mim esta agressividade toda em exigir de mim tudo o que nunca exigi antes. E digo agressividade precisamente por me ter tornado extremamente exigente em quase tudo na minha vida. Ao ponto de saber que o meu corpo não iria aguentar tanto sacrifício e mesmo assim avançar com os meus planos. A certa altura, eu comecei a ser mais reconhecida no que fazia. A certa altura a minha presença começava a ser notada devido a essa exigência que teria comigo mesma nas coisas a que me propunha a realizar. 

A certa altura, eu achei que a exigência que tinha comigo mesma não era suficiente. Achei que já tinha chegado ao meu objectivo, que já conseguia funcionar bem como estava e foi aí que decidi exigir mais. Atingir uns patamares um pouquinho acima dos que já tinha alcançado. Não digo que estou a fazer bem a mim mesma, longe disso! Tem os seus prós e contras, como tudo na vida. Mas se me sinto realizada? Posso dizer com 90% de certeza que sim. 

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