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Penso que cheguei naquela fase que o que mais anseio é estar em paz comigo mesma, largar o que não me faz bem.Principalmente largar quem não me faz bem. Por mais que se goste imenso de alguém, devemos ter a noção de quando uma relação (seja ela de amizade ou não) se torna tóxica para nós. E não, não considero egoísmo pensarmos primeiro em nós, afinal ninguém nos vai colocar em primeiro lugar nas suas vidas tal como nós os colocamos.
Cheguei a uma fase que prefiro não me perder a mim. Posso perder o mundo inteiro, mas saber que me tenho a mim. Por vezes chegamos a um ponto que já estamos cansados de lutar por tudo menos por nós. Penso que acabei por me perder, quando achei ter tudo controlado. Perder-me no tempo, em mim, nos outros, no mundo.
Estou agora na fase de dar atenção a mim mesma, ao que quero e desejo, ao que quero realmente na minha vida!
Há momentos na vida que assumimos uma certa posição, perante nós e a sociedade. Acabando por nos esquecermos que a vida tem tendência a mostrar-nos exactamente o contrário. Por vezes dá uma volta tão grande... o que acabamos por dar como certo acaba assim por não o ser, deixando-nos um tanto desorientados. É assim que me tenho encontrado nas últimas semanas, confusa e desorientada. Por momentos pensei se a admiração que senti por algumas pessoas realmente é merecida. Por mais que exista admiração não posso negar atitudes que, aos meus olhos, sejam deploráveis.
Há anos que, quem me conhece bem sabe, sou uma pessoa com "sangue frio". Por mais que goste de alguém consigo ser fria, mesmo sabendo que posso estar a magoar. Erro meu, talvez, mas prefiro assim, poucos se adaptam mas esses... bem esses são aqueles que quero manter por perto ao longo da vida. Não sei ao certo porquê mas não me identifico estando a ser mais sentimental, seja com quem for. É como se sentisse que dessa forma as pessoas abusam. É como se me sentisse mais frágil.
Nem toda a gente que conheço faz parte da minha vida, mas os que considero amigos... oh esses fazem e muito parte dela. São, como sempre costumo referir, a minha grande família. Mas, será que pelas pessoas da nossa vida vale tudo? Tudo ale a pena? Será que vale a pena serem mantidas amizades que se mantém pela metade? Ou valerá mais a pena lutar por uma amizade que desde que chegou sempre mostrou que estava ali para marcar a diferença, pela positiva? Não nego que sempre fui de lutar pelas pessoas mesmo quando as forças já não existem mais. Mas, se as forças já não existem, o mais lógico seria "largar o que não nos faz bem"?! Há pessoas que parecem gostar de me surpreender, umas pela positiva e, infelizmente, outras pela negativa. Por vezes não contamos ouvir certas coisas que nos magoam, mas ao longo do tempo a dor torna-se suportável ao ponto de certas palavras já não surpreenderem assim tanto. Ou porque já nos magoaram ao ponto de a dor não ser mais sentida ou simplesmente porque aos poucos aprendemos que não vale a pena manter certas relações.
Quem me conhece bem sabe que toda a vida fui extremamente tímida, sem conseguir olhar nos olhos de alguém por muito tempo, sem me conseguir expressar por palavras o que sentia e queria. Não sei ao certo como mas, ao longo do tempo, essa timidez foi diminuindo drasticamente. Acho até que me sinto muito melhor assim do que anteriormente. Não nego ainda existir timidez, mas a um nível consideravelmente mais baixo.
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